Você sabe o que são políticas públicas redistributivas? Entenda tudo sobre elas!

Dinheiro sendo redistribuído, em foto que ilustra post sobre políticas públicas redistributivas. Foto: Olivier_Le_Moal/Envato.
Entenda o que são políticas públicas redistributivas e como elas funcionam para promover justiça e bem estar social. Saiba mais aqui!

As políticas públicas são conjuntos de ações planejadas e executadas pelo Estado que visam atender às necessidades e interesses da sociedade. Entre essas ações, existem as políticas públicas redistributivas, que tem como objetivo atuar na redução das desigualdades e na promoção da justiça social. 

Mas afinal, o que são políticas públicas redistributivas? Neste artigo você entenderá o que elas significam, qual a sua finalidade e os principais exemplos de aplicação dessas políticas. Boa leitura!

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O que são políticas públicas redistributivas?

As políticas públicas redistributivas são estratégias utilizadas pelo governo com o objetivo de atender grupos sociais menos favorecidos. Para que isso aconteça, os recursos são retirados do orçamento de todos e direcionados ou repartidos para uma parcela da sociedade.

Elas visam reduzir as disparidades econômicas e sociais, proporcionando uma melhor distribuição dos recursos e oportunidades entre todos. Um grande exemplo de política pública redistributiva é o sistema tributário progressivo, que consiste em um modelo de cobrança de impostos onde o valor devido ao Estado aumenta conforme a renda ou patrimônio do contribuinte.

Nesse sistema, aqueles que possuem maiores rendas pagam uma porcentagem maior de impostos em comparação às pessoas que possuem rendas menores. O objetivo desta política redistributiva é promover equidade fiscal e redistribuir as riquezas a fim de reduzir desigualdades sociais.

No entanto, é importante reforçar a importância e a complexidade da execução dessas políticas públicas. Elas devem ser ponderadas e implementadas com cuidado para que alcancem a proteção dos mais vulneráveis e promovam o crescimento econômico.

Entre os principais exemplos de políticas redistributivas, podemos incluir programas de assistência social, benefícios fiscais, financiamento estudantil, entre outros.

Para que servem as políticas públicas redistributivas?

As políticas públicas redistributivas buscam corrigir desequilíbrios estruturais na sociedade. Nem todos nascem com as mesmas oportunidades e acessos, e é dever do Estado garantir que as necessidades básicas de todas as pessoas sejam atendidas, como o direito e o acesso à educação, saúde e moradia.

Além de assegurar os direitos sociais, existe o princípio econômico de que uma sociedade mais justa e harmoniosa possui menos conflitos e tensões sociais. O maior acesso à educação e saúde promove um desenvolvimento melhor de todo o grupo, através de maior qualificação, inovação e geração de riquezas.

Garantindo que todos tenham uma chance mais justa de viver bem e alcançar seus objetivos, as políticas públicas redistributivas ajudam a criar uma sociedade mais equilibrada e justa para todos.

Como elas funcionam?

O funcionamento das políticas públicas redistributivas segue um processo estruturado que envolve várias etapas para criar e implementar ações e programas que atendam às necessidades da sociedade. 

Esse processo, conhecido como ciclo de políticas públicas, envolve a identificação de necessidades sociais, a formulação de estratégias, a implementação dessas práticas e a avaliação dos resultados.

As políticas públicas redistributivas funcionam através de diferentes mecanismos e programas que redistribuem recursos da população, principalmente da seguinte forma:

  • Recolhimento de recursos: Pessoas com maior renda pagam uma porcentagem maior de impostos. Esse dinheiro é coletado pelo governo e usado para financiar programas sociais.
  • Redistribuição de recursos: Através do fornecimento direto de apoio financeiro a famílias de baixa renda, benefícios sociais, subsídios para habitação, entre outros.

Alguns exemplos práticos de políticas públicas redistributivas: 

  • Educação: Programas que oferecem bolsas de estudo e apoio financeiro para estudantes de baixa renda.
  • Saúde: Clínicas e hospitais públicos que oferecem atendimento gratuito ou a preços acessíveis.
  • Habitação: Subsídios para aluguel e programas de construção de moradias populares.

Entender o ciclo de políticas públicas é essencial para qualquer gestor público, pois oferece uma estrutura clara e sistemática para identificar problemas sociais, formular soluções eficazes, implementar ações e avaliar os resultados.

Quem é responsável por promovê-las? 

As políticas públicas redistributivas podem ser implementadas por diferentes esferas do governo: Federal, Estadual e Municipal.  Cada uma tem suas atribuições específicas, mas todas podem criar e promover essas políticas. Vamos entender como funciona:

  • Governo Federal: Criar programas de alcance nacional, como o Bolsa Família, que fornece assistência financeira para famílias de baixa renda em todo o país.
  • Governo Estadual: Desenvolver programas que atendam necessidades específicas de um estado, como programas estaduais de saúde e educação.
  • Governo Municipal: Criar políticas públicas municipais para atender diretamente as necessidades dos moradores da cidade, como programas de renda mínima e assistência social.

A colaboração entre essas esferas é essencial para a eficiência das políticas públicas e para garantir que os benefícios cheguem a todas as áreas do país.

Exemplos de políticas públicas redistributivas

Agora que já entendemos mais sobre as responsabilidades de cada esfera, vamos aos exemplos de políticas públicas redistributivas:

Sistema previdenciário

O sistema previdenciário é um dos principais exemplos de políticas públicas redistributivas. Ele garante a transferência de renda para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios, promovendo a segurança financeira na terceira idade. 

Este sistema é financiado principalmente por contribuições dos trabalhadores ativos e empregadores, e sua função redistributiva é evidente na garantia de renda para aqueles que já contribuíram ao longo de sua vida laboral.

Financiamento estudantil

O financiamento estudantil é uma política redistributiva que oferece aos estudantes de baixa renda a oportunidade de acessar o ensino superior. 

Programas como o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) no Brasil proporcionam empréstimos subsidiados para que os alunos possam pagar suas mensalidades, ampliando o acesso à educação e promovendo a mobilidade social.

Benefícios sociais

Os benefícios sociais, como o Bolsa Família, são exemplos clássicos de políticas redistributivas. Esses programas fornecem assistência financeira direta às famílias em situação de pobreza, ajudando a suprir necessidades básicas e incentivando a permanência das crianças na escola. 

O impacto social dessas políticas é significativo, pois elas atuam para reduzir a pobreza e a promoção da igualdade de oportunidades.

Isenção de impostos para famílias de baixa renda

A isenção de impostos para famílias de baixa renda é outra medida redistributiva importante. Ao reduzir ou eliminar a carga tributária sobre os segmentos mais pobres da população, o governo pode aumentar a renda disponível das famílias, melhorando seu poder de compra e sua qualidade de vida. 

Essa política também incentiva o consumo e o desenvolvimento econômico.

Além dos exemplos mencionados, existem diversas outras políticas públicas redistributivas que podem ser implementadas em diferentes contextos. A seguir, destacamos algumas:

  • Subsídios para moradia: Programas que oferecem subsídios para a compra ou aluguel de moradias populares, facilitando o acesso à habitação digna.
  • Programas de alimentação: Iniciativas que fornecem alimentos ou vouchers para famílias de baixa renda, garantindo a segurança alimentar.
  • Apoio ao microempreendedor: Políticas que oferecem crédito facilitado e assistência técnica para pequenos empreendedores, promovendo a inclusão produtiva e o desenvolvimento econômico local.

Conclusão

As políticas públicas redistributivas são fundamentais para a promoção da justiça social e a redução das desigualdades. Elas garantem que os recursos e oportunidades sejam distribuídos de forma mais equitativa, beneficiando as populações mais vulneráveis e promovendo o desenvolvimento sustentável.

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