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ToggleNo cenário em rápida evolução do desenvolvimento urbano, a transformação de cidades em cidades inteligentes representa uma mudança fundamental em direção a uma abordagem mais sustentável, eficiente e centrada no cidadão para a governança e a gestão da cidade.
No segundo episódio do 1Doc Podcast, conhecemos a jornada de Pato Branco, no Paraná, nessa entrevistas conversamos com Katia Bertol, diretora do Parque Tecnológico de Pato Branco. Katia compartilhou sua visão sobre a transformação digital e o desenvolvimento de cidades inteligentes, Pato Branco iniciou sua transformação digital em 2022, adotando a 1Doc.
Após um período de implantação, hoje, os resultados positivos são nítidos, percebidos na economia de recursos materiais e humanos, na conexão com as demandas populares, na comunicação interna, elevando a gestão a altos níveis de rastreabilidade, eficiência e transparência.
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O imperativo da transformação digital
A transformação digital representa um imperativo crucial para as prefeituras municipais, marcado por uma rápida evolução tecnológica e mudanças nas expectativas dos cidadãos. Essa transformação não é apenas uma questão de modernizar infraestruturas de TI, mas uma redefinição profunda de como os serviços municipais são concebidos, entregues e consumidos.
A conversa se iniciou destacando a importância vital da transformação digital no setor público. Katia Bertol detalhou como a tendência mundial rumo à governança digital transcende a mera adoção de novas tecnologias; trata-se, essencialmente, de uma reavaliação profunda de como os governos interagem com os cidadãos.
Ela evidenciou essa progressão ao comparar a evolução das “cidades digitais” para “cidades inteligentes”; as primeiras se concentravam em integrar tecnologia em suas estruturas, enquanto as últimas destacam a aplicação de tecnologia de maneira estratégica para elevar a qualidade de vida de todos os cidadãos.
Ao adotar tecnologias digitais, as prefeituras podem melhorar significativamente a eficiência operacional, facilitar o acesso a serviços públicos, promover maior transparência e estimular a participação cidadã.
Além disso, a digitalização oferece às prefeituras ferramentas poderosas para lidar com desafios complexos, como gestão de recursos, planejamento urbano e resposta a emergências, permitindo uma tomada de decisão mais informada e baseada em dados.
Em última análise, a transformação digital nas prefeituras municipais é essencial para criar comunidades mais resilientes, inclusivas e adaptáveis às necessidades futuras.
Cidadão no coração das cidades inteligentes
Um tema central da discussão foi a necessidade de colocar os cidadãos no centro das iniciativas de cidades inteligentes. Cidades inteligentes não são definidas pelo volume de tecnologia implantada, mas por como essas ferramentas tecnológicas servem à comunidade.
Bertol enfatizou a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes como um roteiro essencial para municípios que visam evoluir em direção a uma gestão mais inteligente. Este documento delineia metas estratégicas e medidas específicas com foco primordial no bem-estar dos habitantes, promovendo a inclusão e o engajamento cívico.
Ao abordar os desafios de transformar Pato Branco em uma cidade inteligente, Bertol sublinhou a importância da inclusão digital e do engajamento dos cidadãos.
Iniciativas como o “Centro de Cidadania” visam superar a divisão digital, proporcionando acesso à tecnologia e treinamento em alfabetização digital para todos os cidadãos, garantindo assim que os benefícios dos projetos de cidades inteligentes sejam universalmente acessíveis.
Além disso, Katia enfatizou a importância de criar uma cultura de engajamento, onde os cidadãos não são apenas receptores passivos de serviços, mas participantes ativos na governança da cidade.
Ao fomentar um ambiente transparente, inclusivo e participativo, as cidades podem construir confiança e incentivar os cidadãos a contribuir para o desenvolvimento e a melhoria da vida urbana.
Construindo cidades inteligentes juntos
A jornada de Pato Branco oferece lições valiosas para outras cidades que embarcam em sua própria transformação em cidades inteligentes. Destaca a necessidade de esforço coletivo, compartilhamento de conhecimento e persistência diante dos desafios.
A transformação em uma cidade inteligente não é uma realização da noite para o dia, mas um processo contínuo que exige o comprometimento de todos os stakeholders — de funcionários do governo e provedores de tecnologia aos próprios cidadãos.
À medida que cidades ao redor do mundo se esforçam para se tornarem mais inteligentes, as perspectivas da jornada de Pato Branco nos lembram que, no coração de cada cidade inteligente, estão as pessoas.
Ao engajar os cidadãos, promover a inclusividade e alavancar a tecnologia como uma ferramenta para a melhoria, as cidades podem pavimentar o caminho em direção a um futuro mais inteligente e sustentável.
Esta exploração da abordagem de Pato Branco oferece uma narrativa convincente de como as cidades podem navegar pelas complexidades da transformação digital e do engajamento dos cidadãos, servindo como um modelo inspirador para municípios em todo o mundo que pretendem aproveitar o poder da tecnologia para criar ambientes urbanos melhores e mais inteligentes.