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ToggleAs compras governamentais têm relevância na gestão dos recursos públicos e influenciam diretamente a economia do país e a sociedade.
As compras governamentais envolvem a aquisição de bens, serviços e obras realizadas pelo governo em suas diferentes esferas, desempenhando um papel vital na execução das políticas públicas e na oferta de serviços à população.
No setor público existem diferentes processos de compras, como licitação, pregão e contratação direta, cada um com suas particularidades e finalidades específicas. Continue a sua leitura e saiba mais sobre as aquisições governamentais.
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O que são as compras governamentais?
As compras governamentais são transações realizadas pelo governo para adquirir bens, serviços e obras necessários ao funcionamento das entidades governamentais e ao atendimento das demandas da sociedade.
Essas transações ocorrem em todos os níveis governamentais — federal, estadual e municipal — e desempenham um papel de grande importância na execução de políticas públicas e na oferta de serviços à população.
São compras feitas em vinculação às leis e normas específicas, que estabelecem os princípios, regras e procedimentos que devem ser seguidos. Todo regramento é feito para garantir a correta aplicação dos recursos públicos.
A transparência é um pilar central nas compras governamentais, pois visa garantir que os processos de compra sejam abertos, acessíveis e controláveis. A divulgação ampla dos editais, a publicação dos resultados e a disponibilização de informações sobre as contratações são medidas essenciais para promover a transparência e a prestação de contas.
Além disso, a isonomia é outro princípio importante que visa assegurar que todos os fornecedores tenham igualdade de oportunidades para participar dos processos de compra. Isso evita favorecimentos indevidos e promove a concorrência justa.
A eficiência também é um elemento chave nas compras governamentais. O governo deve buscar a obtenção dos melhores resultados, considerando critérios como, qualidade, preço, prazos e condições de fornecimento.
Mas eficiência não se resume apenas à obtenção do menor preço, e sim em encontrar a melhor relação custo-benefício, a contratação mais vantajosa para atender às necessidades do governo e da sociedade.
Qual a legislação e regulamentação das compras governamentais?
As compras governamentais estão sujeitas a uma legislação específica que visa garantir a transparência, a legalidade e a eficiência dos processos.
No Brasil, a principal lei que regulamenta as compras governamentais é a Lei n.º 14.133/2021, conhecida como Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, que incorpora e moderniza procedimentos da Lei n.º 8.666/1993 e a Lei do Pregão (Lei n.º 10.520 de 2002), além de revogá-las.
Dentre as modalidades de licitação pública utilizadas para compras e aquisições governamentais, destaca-se o pregão eletrônico. O pregão é uma modalidade de licitação que tem como objetivo a aquisição de bens e serviços comuns.
Com a evolução tecnológica, o pregão eletrônico tornou-se uma ferramenta eficiente e amplamente adotada pelo governo para realizar essas transações.
No pregão eletrônico, o processo ocorre por meio de uma plataforma eletrônica, onde os fornecedores cadastrados podem participar, apresentando lances de forma virtual.
Essa modalidade traz vantagens significativas, como a ampliação da competitividade inclusive no aspecto geográfico, a agilidade na realização do processo, a redução de custos e a maior transparência, uma vez que todas as etapas são registradas e podem ser acompanhadas pelos participantes e pela sociedade em geral.
Além do pregão eletrônico, a Nova Lei de Licitações e Contratos também prevê outra modalidade, a concorrência. Essas modalidades são utilizadas conforme a natureza e o valor dos bens, serviços ou obras públicas a serem contratadas.
É importante ressaltar que todas as modalidades de compras governamentais devem seguir os princípios fundamentais estabelecidos na legislação, como a isonomia, a legalidade, a moralidade, a impessoalidade, a publicidade e a eficiência.
As compras governamentais também podem ser feitas em certos casos por meio da dispensa de licitação. Essas situações podem incluir casos de emergência, calamidade pública, contratos de baixo valor, entre outros.
A dispensa de licitação é uma forma ágil de adquirir bens e serviços quando há a necessidade de celeridade ou quando as circunstâncias exigem ou permitem uma contratação imediata.
No entanto, é importante ressaltar que a dispensa de licitação deve ser utilizada de forma justificada, seguindo os critérios e requisitos estabelecidos na legislação, visando sempre a eficiência, a economicidade e a transparência nas contratações governamentais.
Quais os procedimentos de seleção de fornecedores?
Existem diversos procedimentos adotados para realizar essa seleção, sendo primordial seguir critérios objetivos e rigorosos.
Avaliação de propostas é um dos procedimentos fundamentais na seleção de fornecedores. Nesse processo, as propostas apresentadas pelos fornecedores são analisadas de acordo com critérios pré-definidos, como preço, qualidade, prazo de entrega, experiência anterior e capacidade técnica.
Essa avaliação visa escolher a proposta que atenda melhor às necessidades da administração pública, garantindo a qualidade dos produtos ou serviços adquiridos.
A avaliação da capacidade técnica e financeira dos candidatos fornecedores do governo também desempenha um papel importante na seleção. Esse processo envolve verificar se o fornecedor possui a expertise necessária para entregar os produtos ou serviços solicitados, bem como avaliar sua capacidade financeira para honrar os compromissos assumidos.
São considerados fatores como experiência anterior, referências de clientes, capacidade produtiva, capacidade de investimento e situação financeira do fornecedor.
Também é essencial garantir a igualdade de condições entre os fornecedores durante o processo de seleção. Isso significa que todos devem ter as mesmas oportunidades de participar e competir de forma justa.
A documentação e a habilitação dos fornecedores também são etapas importantes no processo de seleção. Os fornecedores devem apresentar a documentação exigida, comprovando sua regularidade fiscal, jurídica e trabalhista.
Essa verificação tem o objetivo de garantir que apenas fornecedores aptos e idôneos sejam selecionados, fortalecendo a segurança e a confiabilidade das contratações governamentais.
Essas etapas são fundamentais para assegurar a escolha dos melhores fornecedores, que atendam aos requisitos de qualidade, eficiência e transparência estabelecidos pela administração pública.
Qual é a importância da Transparência e do controle das compras governamentais?
A transparência nos processos de compra governamental é fundamental para assegurar a lisura e a confiança na administração pública. A divulgação ampla dos editais, a publicação dos resultados e a disponibilização de informações sobre as contratações públicas são medidas essenciais para garantir a transparência.
Além disso, existem mecanismos de controle e fiscalização das compras governamentais, como os órgãos de controle interno e externo, que têm a função de monitorar e verificar a conformidade dos processos. A Controladoria-Geral da União (CGU) e os Tribunais de Contas são exemplos de instituições responsáveis por realizar auditorias e investigar eventuais irregularidades.
Exemplos de boas práticas nas compras governamentais
Para garantir a eficiência e a transparência nas compras governamentais, algumas boas práticas podem ser adotadas:
- 1Doc para solicitações de compras entre departamentos e fluxo de aprovação: utilizar sistemas de gestão de documentos e processos, como o 1Doc, que facilitam a tramitação dos pedidos de compras, permite o acompanhamento e controle das solicitações, além de garantir a transparência e a rastreabilidade dos processos.
- Obras.gov (compras para obras públicas): o uso de plataformas online específicas como o Obras.gov, direcionadas para compras de obras públicas, é uma boa prática para agilizar o processo de licitação, desde a elaboração do orçamento até a entrega da obra.
A adoção de padrões de transparência na divulgação das informações relacionadas às compras governamentais, como publicação dos contratos, notas fiscais e pagamentos, é uma prática que fortalece a confiança dos cidadãos nas ações do governo.
A utilização de critérios técnicos bem definidos na seleção de fornecedores, como a qualificação técnica e a experiência comprovada, contribui para a escolha de empresas mais qualificadas, capazes de entregar produtos e serviços de qualidade.
Conclusão
As compras governamentais desempenham um papel fundamental na gestão dos recursos públicos e na oferta de serviços à população. A transparência, a isonomia e a eficiência nos processos de compra são pilares essenciais para garantir que os recursos sejam bem aplicados e as contratações atendam às necessidades do governo e da sociedade.
A legislação que rege as compras governamentais estabelece diretrizes para assegurar a legalidade e a moralidade dos processos, enquanto os mecanismos de controle e fiscalização contribuem para o combate a possíveis irregularidades.
A adoção de boas práticas, como o uso de sistemas de gestão, plataformas eletrônicas e critérios técnicos bem definidos, pode otimizar os processos de compras e promover a concorrência justa entre os fornecedores.
Ao garantir a transparência e o controle das compras governamentais, a administração pública demonstra sua responsabilidade e compromisso com a sociedade, fortalecendo a confiança dos cidadãos nas instituições governamentais.
Dessa forma, as compras governamentais podem ser um instrumento poderoso para o desenvolvimento econômico e social do país.
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